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EUA autorizam voo teste do Boeing 787 após incidentes com baterias

Lefteris Pitarakis/AP Photo
Imagem: Lefteris Pitarakis/AP Photo

Do UOL, em São Paulo

07/02/2013 10h06Atualizada em 07/02/2013 11h38

O Boeing 787 Dreamliner poderá fazer um voo teste, apenas com tripulação, sem passageiros, nesta quinta-feira (7), segundo informou o jornal norte-americano "The New York Times".

Se realizado, este será o primeiro voo do 787 depois de a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos emitir um alerta proibindo a decolagem de todas as 49 aeronaves do modelo em operação no mundo. Os aviões sofreram uma série de problemas técnicos no começo de janeiro.

A decisão da agência norte-americana de permitir o voo teste atende a um pedido da Boeing, que estuda modificações no sistema elétrico da aeronave para reduzir os riscos de outros incêndios na bateria do avião.

Segundo o "Wall Street Journal", a companhia americana está preparando um novo desenho que minimizará o risco de superaquecimento e de incêndio nas baterias de íons de lítio.

As alterações no desenho precisarão receber o sinal verde dos reguladores de segurança dos governos americano e japonês, que lideraram a investigação. 

A FAA pode pedir à Boeing que realize novos voos de teste, como os feitos nas fases prévias à comercialização de um novo modelo, com o objetivo de provar a eficiência das baterias, fabricadas pela empresa japonesa GS Yuasa.

 

Histórico de falhas no modelo

O Boeing 787 Dreamliner protagonizou seis incidentes em menos de dez dias em janeiro.

No dia 7 de janeiro, em Boston, um 787 da Japan Airlines (JAL) proveniente do Japão teve um princípio de incêndio em terra. No dia seguinte, outro voo da JAL que partia de Boston foi atrasado por um vazamento de combustível.

No dia 9 do mesmo mês, um voo da All Nippon Airways realizado por outro Boeing 787 foi cancelado no país asiático por causa de um problema nos freios.

No dia 11, também no Japão, dois incidentes aconteceram a bordo de dois Boeing 787 da ANA: um voo foi cancelado por causa de uma rachadura no vidro da cabine, e outro foi atrasado por causa do vazamento de óleo.

No último incidente, em 16 de janeiro, um 787 Dreamliner da ANA fez um pouso não programado no aeroporto de Takamatsu, no sul do Japão. Segundo a empresa, foi detectada fumaça na cabine, causada pela falha em uma bateria.

Modelo fez primeiro voo comercial em 2011

Reguladores dos EUA levantaram dúvidas sobre a confiabilidade do 787 em longas rotas transoceânicas, publicou o jornal "Wall Street Journal".

O Dreamliner é o primeiro avião do mundo construído com compósitos de carbono e possui preço de tabela de US$ 207 milhões.

O modelo fez seu primeiro voo comercial no final de 2011, depois que uma série de atrasos de produção deixou as entregas do modelo três anos atrás do planejado. Até o final do ano passado, a Boeing vendeu 848 Dreamliners e entregou 49 unidades do modelo.

(Com agências)